segunda-feira, 9 de maio de 2011

Projecto de intervenção precoce

O projecto de intervenção precoce começou em murfreesboro, tennesse em 1962. O estudo incidiu-se sobre 90 crianças problemáticas com idades compreendidas os 3 e os 4 anos e tinha como objectivo medir as metas alcançadas por estas mesmas crianças.
As crianças foram inseridas ao acaso em grupos tratamento. Durante os meses de verão até iniciarem a 1ª classe as crianças frequentavam um centro de instrução durante metade do dia.
Foram feitas comparações entre escolas para equiparar as metas alcançadas quando os participantes atingiam a maioridade (18 anos)
Comparando as crianças que frequentavam estes grupos das que não tinham acesso a estes, as primeiras apresentavam menos necessidade de educação especial, menor numero de reprovações de ano devido a maus resultados e muito menos desistências da escola.
O estudo foi criado com o objectivo de influenciar as atitudes e as aptidões das crianças relativamente ás metas por elas alcançadas. O programa visou abranger, especialmente, as crianças na idade pré-escolar com dificuldades económicas com o propósito de marcar as crianças e também os seus pais. Os resultados obtidos na análise conduzida nos anos 60 mostrou que as crianças inseridas em grupos experimentais mostravam melhores resultados em testes de QI, tinham maior receptividade para aprender vocabulário, faziam melhor a descrição de palavras, e apresentavam a leitura precocemente. No entanto algumas destas descobertas caíram no esquecimento.

A população alvo deste programa eram as crianças entre os 4 e os 5 anos com dificuldades económicas. Durante o ano o programa envolvia visitas semanais, assim como durante o verão existia um programa com duração de 10 semanas em que as crianças em idade pré-escolar participavam durante parte do dia e isto durante 2/3 anos.
A população avaliada eram crianças afro-americanas provenientes de duas cidades do sul com baixas capacidades económicas. 61 crianças pertenciam a uma cidade e outras 27 faziam parte de outra cidade, sendo o grupo de comparação. Numa das cidades as crianças foram divididas em 3 grupos. O 1º grupo recebeu o projecto durante 3 anos e consistia em encontros semanais e em 3 verões (em 10 semanas as crianças em idade pré-escolar passavam lá metade do seu dia). O 2º grupo recebeu 2 anos de encontros semanais e também participou no programa pré-escolar, começando um ano depois do 1º grupo. O 3º grupo não recebeu tratamento de intervenção.
O grupo de comparação da 2ª cidade não recebeu qualquer tipo de intervenção e elaborou testes pré-verão e pós-verão. Foram avaliados no 4º, 5º e 7º verão. As crianças foram avaliadas utilizando vários testes, como o stanford-binet, o peabody picture vocabulary teste (PPVT) e o metropolitan achievement test.
Os resultados do estudo indicaram que com o passar dos anos as crianças do grupo experimental tinham melhores resultados que as crianças do grupo de controlo (e do grupo de comparação). O grupo de experimental ultrapassou o grupo de controlo no PPVT no entanto estes factos não foram avaliados e também não foram avaliados no 7º verão.
No metropolitan achievement test as crianças do grupo experimental foram melhores que as crianças do grupo de controlo, a nível de conhecimento das palavras, na discriminação das mesmas e a ler no final 1º ano mas no final do 7º ano as crianças apenas apresentavam diferenças a nível de conhecimento de palavras e na leitura.

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